LEIA CARTA DEIXADA PELO PADRE GERALDO ANTES DA TUDO

 


Padre Geraldo de Oliveira cometeu uma f4t4lid4de contra si, na noite desta terça-feira (01 de fevereiro) após o término da missa na Igreja Matriz de São Sebastião de Surubim. O mesmo ***** a sua ******* vida ingerindo uma substância não identificada. As suspeitas são de env3nen4mento.

Antes de tal atitude, o padre escreveu uma carta no dia 21 de janeiro, que s´pode ser lida hoje, tal que a mesma foi encontrada ao lado do corpo dele.


Leia a carta na íntegra:

"Surubim, 21 de janeiro de 2022

Prezado Pe. Severino Correia da Silva e comunidades

No dia dois de janeiro do ano em curso completei cinquenta anos de sacerdócio, 23 anos na Diocése de Caruaru e 27 anos em Surubim, na Diocése de Nazaré; na função de vigário paroquial, conforme Dom Francisco afirmou, na sua presença e na presença do Pe. Amaro.

Comemorei esta significativa data sem festa, porque o mundo está mergulhado no sofrimento e na fome; sobretudo para evitar elogios recheados de bajulação, exagero e falsidade.

Na carta que lhe endereceu na data de dois de dezembro de 2021, agradei sua cordialdade para comigo até o presente momento; destacando alguns pontos do nosso relacionamento, necessitados de uma revisão. Porém, quando nos encontramos você me falou pessoalmente, que daria como resposta  silêncio. Em razão disto, volto a insistir na tentativa do diálogo, por acreditar que sempre é possível a mudança nas atitudes das pessoas.

Sempre esperei que o meu tempo livre, sobretudo no domingo pela manhã, fosse preenchido em função do meu equilíbrio psíquico.

Na sua ausência, por ocasião da m0rt3 de familiares e nas suas férias,era comum que leigos fizessem a celebração da Palavra, nas comunidades, enquanto eu ficava isolado pelo esquecimento. entretanto, estava livre e poderia presidir a Eucaristia.

No dia 14 de novembro, você não lembrou de me mandar celebrar, às nove horas, a Missa na capela de Nossa Senhora de Fátima nas Baraúnas, mas mandou leigos fazerem a celebração da Palavra. Eu estava livre e poderia ter celebrado a santa missa. Recentemente, no dia 3 de janeiro, eu lhe pedi para presidir uma das celebrações à noite, no novenário de São Sebastião. Como resposta você afirmou: - "não dá certo".

Nessas e em outras situações transparece que há uma tendência de me afastar voluntariamente de diversas atividades paroquiais, desde que você aqui chegou. Inclusive, vale lembrar, desde que você assumiu a paróquia de S. Sebastião, em Surubim, você nunca me convidou para tomar um copo d'agua na casa paroquial. Porém, de segunda a sábado, sem que haja nenhum convite e sem que eu necessite, tomo café na casa paroquial, para dizer - "eu estou vivo, estou com perfeita saúde, posso trabalhar". Mas, mesmo assim você me marginaliza.

Sempre foi do seu conhecimento, a guerra que Pe. Amaro faz contra mim, com as fortes armas do ódio e do desprezo. Não alimento mágoa, pois na condição de cristão e sacerdote, diariamente, devo compreender e perdoar estas atitudes extravagantes do Pe. amaro e a marginalização a que você me submete. Pos reconheço que tem um comportamento anormal. E, apesar do meu sofrimento e ansiedade, relembro que ninguém modifica ninguém; e Deus nos recebe do jeito que nós somos, como Lucas nos conta na história do filho desmiolado (Lucas 15, 11-32).

Entre abril e maio de 2021,quando eu cumprimentava o Pe. Amaro com o habitual bom dia, em diversas ocasioões, ele, quando não ficava em silêncio, respondia friamente. Quando mal-humorado respondia com expressões do tipo: -"vá selascar, vá proinferno, um velho t4r4do, s4f4do e l4drã0. Vou juntar um grupo de mulheres para lhe acusar de 4ss3di0 s3xu4l." Afirmava isto certamente porque eu sempre abraço afetuosamente todas as pessoas sem distinção.

Como é do conhecimento de muitos, ele insistia nas comunidades rurais que as pessoas não me convidassem para celebrar missas particulares, porque eu já estava aposentado. Inclusive, comunicou isto em reunião mensal das comunidades, no salão paroquial. Em setembro, quando Pe. Correia estava de férias, o Pe. Amaro me expulsou da casa paroquial, aos gritos, na presença de um grupo de jovens.

Durante o cerco de Jericó, em outubro, certa noirte, nos encontramos frente a frente e ele me empurrou com o ombro. Logo após, durante a missa, rindo, ele disse que não teve a intenção de me me empurrar. Ora, isto foi uma agressão física.

No dia 19 de dezembro de 2021, antes da missa das sete horas da manhã, Pe. Amaro ficou irado, porque eu tomei dois minutos antes da leitura dos nomes dos falecidos. Na frente da igreja, na presença de algumas irmãs do Amparo, da professora Itaíse, Vera Gonçalves e de outras ministras da comunhão, a dois metros de distância, em voz alta, eu o cumprimentei com um bom dia, por duas vezes, porém, ele se recusou a responder. Na última semana de dezembro eu estava a mesa, na casa paroquial, quando ele chegou e dirigiu-se a cozinheira, dizendo aborrecido: "eu não vou vou tomar café agora, porque quero tomar café em paz".

De 18 de maio a setembro de 2021, ele me agredia, direta ou indiretamente nas missas, aos sábados e domingos, na hora da homília. Durante todo este tempo, Pe. Correia, você ficou calado, em silêncio. Logicamente, você não admite que Pe. Amaro seja contrariado. Consequentemente, todas as pessoas devem se submeter as caprichos dele. Quem se opõe ao Pe. Amaro é como se contrariasse a você. Porque você fica irritado. Assim, pelo apoio incondicional que você concede ao padre Amaro e ao carinho que tem para com ele, tence convencê-lo de que ele talvez necessite de tratamento médico-psiquiátrico.

Desde que começou a divulgação das celebrações pela internet, tenho falado com vocêpara que também fosse divulgada a Missa das almas. Para não contrariar Pe. Amaro, você nda resolveu. A impressão que se tem é de que Pe. Amaro tem uma influência determinante sobre você.

A minha euforia, a minha alegria e o meu constate bom humor escondem a decepção e angústia que me fazem sofrer ao longo desses anos. Lamento não estar sendo aproveitado para empregar todo o meu tempo como padre na condição de vigário paroquial. Pois tenho saúde, motivação e disposição para desemprenhar a minha função. Tenho feito um grande esforço para não transparecer essa atmosfera deprimente e opressiva; assim como tenho conservado sempre com você um relacionamento cordial e fraterno, para evitar o menor atrito, mesmo escondendo o meu sofrimento; por saber que esta decepção, ansiedade e angústia são frutos de uma convivência que ignora a presença do outro.

Dom Francisco não nos obriga a viver fraternalmente, porque ele respeita as pessoas sobretudo a autoridade do pároco. Todavia, caso ele julgue necessário me afastar de Surubim, para me livrar dessa opressão, aceitarei sem hesitar; porém, peço-lhe que no futuro eu seja sepultado em Surubim, onde passei o maior tempo da minha vida sacerdotal. Mesmo que a metade do meu coração esteja em São Caetano, Diocese de Caruaru.

A profunda amizade e atenção de muitas pessoas me ajudam a não desanimar, até a presente data. Tenho implorado a força de Deus para resistir.

Agradeço a todos que tem colaborado nos últimos 27 anos, para a constução de 78 casas em  Surubim e 20 em Nazaré da Mata, bem como aos doadores de camas, colchões, roupa usada e alimento para os pobres. E aproveito desta ocasião para agradecer, mais uma vez, a Dom Francisco, que tem tratato os padres idosos fraternalmente.

Com abraço fraterno,

Padre Geraldo de Oliveira"

Comentários

  1. Muito triste ,mesmo fazendo a obra do senhor,tem ovelhas vestidas de diabos...,padre Geraldo era e sempre será um servo do senhor,onde praticava o amor em suas ações,e infelizmente era odiado por seus companheiro por fazer o bem 😭😭😭.cde o amor que eles pregam?eles eu creio que seja os falsos profetas...,a bíblia fala que irá chegar o tempo deles .

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